domingo, 26 de junho de 2011

O pecado da subjetividade

Já não se preza mais pela subjetividade dos seres humanos
Uma difícil interpretação é deixada de lado
Não se entende mais as reviravoltas humanas
São muitos olhares tortos
E já não se pode haver mais transformação
A humanidade está condenada a ser ela mesma
A mesma.

Uma cadeira derrubada: um espanto!
Ninguém se surpreende mais com os festejos
(estranho, pois todos se assombram)
Para sempre disfarçando
Nunca se cansando.

Não há mais fantasias
As luzes estão apagadas
Não se pode haver duas pessoas
Na mesma alma
Inovar é provocar
Perturbar, afrontar.

Quem poderá salvá-lo?
Quem poderá ajudá-lo a mudar essa roupa branca?
A tirá-lo dessa casa branca?
Desse céu branco?
Desse inferno pacífico?

É por isso que eu faço esse poema:
Para tornar o inferno dele
O seu céu;
O céu do inferno.

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